À sensibilidade de Fernando Guerra

Fernando Guerra é um fotógrafo de arquitetura português que divide seu tempo entre locações em Portugal, Brasil e outras partes do mundo. Formado em Arquitetura é mais um exemplo de profissional que utiliza do expertise adquirido na graduação para fomentar seu trabalho fotográfico.
Atualmente é o fotógrafo de arquitetura que acompanho com maior frequência, seja pelo Instagram ou visitando seu site que possui bastante informação sobre projetos, reportagens e produtos como bags, fineart prints e straps.
Fernando possui uma produção fotográfica incrível! Não apenas em número de projetos mas também em relação ao número de fotos por projetos. Ao contrário de muitos fotógrafos, Fernando não parece escolher somente "as melhores fotos" e é bastante generoso nesse sentido. É comum encontrarmos suas imagens abordando várias faces do projeto em diversas horas do dia.
Um projeto que gosto bastante é a fundação Iberê Camargo em Porto Alegre, obra de Álvaro Siza e fotografado por Fernando.
Ele trabalha com frequência em projetos nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro para arquitetos como Arthur Casas, Isay Weinfeld e outros.
Em seu site, www.fernandoguerra.com encontra-se registros de 165 capas de revistas especializadas além de 1140 projetos.
A parte técnica e de exposição do Fernando Guerra é realmente impressionante, no entanto, o que mais me chama atenção é o intangível. Suas capturas possuem sensibilidade ímpar.
O que é eu não sei, mas tenho uma teoria: acredito que quando fotografamos com respeito ao momento, ao trabalho e principalmente respeito ao espaço, algo disso fica perpetuado nas imagens.
Locações, edifícios, residências, não são apenas vidro, concreto e metal. Estão impregnados de sensações e emoções diversas. Quando o Fernando fotografa ele está totalmente presente, entregue ao projeto não apenas para fotografar, mas para trazer à tona o que, alí, há de melhor. Para que isso aconteça é necessário estar em sintonia plena com o espaço. Só assim ele se revelará em sua plenitude.
Um salve à sensibilidade de Fernando Guerra